Assunção de Nossa Senhora

 


- A profecia do Apocalipse 12 apresenta Maria:

Arca da Nova Aliança

Mulher vestida de sol (Glória)

Com a lua debaixo de seus pés

Coroada de virtudes

 

- São Paulo (1Cor 15,20-27) diz que:

Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram

Por Adão veio a morte, mas por Cristo veio a ressurreição

 

- O Evangelho (Lc 1,39-56) apresenta Santa Maria de Nazaré:

Cheia de Graça

Bendita entre as mulheres

Mãe do Senhor (Bendito o fruto do TEU ventre)

Mãe de Deus

Serva humilde de Deus

Proclamada bem-aventurada pelas gerações de ontem, hoje e sempre

 

- Conclusão:

Maria foi concebida sem o pecado

Salário do pecado é a morte/corrupção do corpo

Maria nunca pecou

Portanto, o corpo de Maria não se corrompeu após sua santa morte (dormição)

Maria foi assunta aos céus em corpo e alma por um privilégio de Deus em vista dela ser a Mãe do Salvador.

O Sangue de Jesus era sangue de Maria!

A Carne de Jesus era carne de Maria!

 

- Desde os primeiros cristãos a Igreja celebra a Assunção de Nossa Senhora.

 

São João de Damasco já dizia em 749:

 

“Era necessário que aquela que, no parto, havia conservado ilesa sua virgindade, conservasse também sem corrupção alguma seu corpo depois da morte. Era preciso que aquela que havia trazido no seio o Criador feito menino habitasse nos tabernáculos divinos. Era necessário que aquela que tinha visto o Filho sobre a cruz, recebendo no coração aquela espada das dores das quais fora imune ao dá-Lo à luz, O contemplasse sentado à direita do Pai. Era necessário que a Mãe de Deus possuísse aquilo que pertence ao Filho e fosse honrada por todas as criaturas como Mãe de Deus”.

 

O dogma da Assunção da Virgem Maria foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950.

 

Celebremos a Assunção de Nossa Senhora com muita alegria, sabendo que ela lembra o que Deus também quer fazer em cada um de nós.

 

Pe. Marcos Oliveira

2024

Resumo bíblico do Método de Evangelização e Desenvolvimento Integral do DJC (MEAD).

 

(Ef 4,17.20-24)

 

Aqui temos o resumo do Método de Evangelização e Desenvolvimento Integral do DJC (MEAD).

 

Irmãos: 17 Eis pois o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada. 20 Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, 21 se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. 22 Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, 23 e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. 24 Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.

 

Somos chamados a viver com dignidade a vida verdadeira de filhos de Deus.  

“Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.” (v 24)

 

Para tanto, precisamos:

 

1) Etapa do reavivamento da vida cristã-batismal:

 

- Não continuar a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada (v 17).

 

- Renunciar a existência passada, despojar-se do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras. (v 22)

 

- Renovar o nosso espírito e a nossa mentalidade (v 23):

 

2) Etapa do desenvolvimento integral da vida cristã-batismal:

 

- Aprender de Cristo e viver em conformidade com a verdade que está em Jesus. (v 21)

 

Somos tentados a permanecer no Egito, no mundo, na vida velha, com medo de morrer de fome, com preguiça de dar os passos na travessia do deserto rumo a Canaã.

 

É Deus quem nos sustenta com o Maná , o Pão da Vida, Jesus-Palavra, Jesus-Eucaristia.

 

Att,

Pe. Marcos Oliveira

Uma grande Tradição

 


 

Deus é Amor e Verdade. Ele se revelou salvando, e quanto mais salvava, mais Ele se revelava. É assim que uma mãe se revela ao seu filho, amamentando-o, protegendo-o, colocando no colo, mas também ensinando, orientando, corrigindo. É então que o filho vai reconhecendo aquela mulher como sua mãe, e passa a lhe chamar mamãe. Não é porque ela fala muito, mas porque dá a vida por ele, ama e ensina a viver. A revelação do Deus Eterno na história da humanidade deu-se assim, de forma concreta, processual, sempre com muito amor e verdade. Foi então que o homem foi aprendendo quem ele é, qual a sua vontade e passou a lhe chamar de Aba Pai, paizinho querido.

O arco histórico da Revelação Divina compreende um grande período de dois mil anos, de Abraão, o pai da fé (Tg 2,21), até Jesus Cristo, a plenitude da revelação (Jo 14,9). Toda esta revelação foi gerando uma verdadeira memória coletiva e uma grande Tradição, pois desde os inícios os descendentes de Abraão e os Apóstolos sentiram a necessidade de sempre fazer uma sagrada recordação das maravilhas de Deus e o dever de passar adiante, de geração em geração. Eles recordavam e transmitiam tudo aquilo que foram escutando e experienciando do Deus Eterno agindo em seu favor. Tudo isso alimentava a sua fé, enraizava a sua identidade de povo de Deus, fortalecia a sua esperança e dava sentido para a vida. Nenhum povo vive sem memória e todo povo transmite a sua história.  

Num primeiro momento a transmissão das maravilhas de Deus era oral, bem repetitiva, a começar dos pais para os filhos, com muitos rituais, símbolos e provérbios populares. Num segundo momento, colocavam por escrito, para que a sagrada recordação das maravilhas de Deus nunca se perdessem no tempo ao longo das gerações. E assim foram nascendo as Sagradas Escrituras. A Bíblia Sagrada que temos hoje nasceu assim, dentro de uma grande Tradição que remonta a Abraão e aos Apóstolos. A lista dos livros do Antigo Testamento foi definida pelos judeus. A lista dos livros do Novo Testamento foi definida pela Igreja Católica. De modo que, a Bíblia completa que temos hoje, só foi possível porque a Igreja Católica acolheu os livros do Antigo Testamento da mesma forma que Jesus e os Apóstolos acolheram, e definiu quais livros formariam o Novo Testamento, tendo como critério a sua apostolicidade, ou seja, tendo um Apóstolo ou uma genuína escola apostólica na sua autoria. Por ter definido os livros do Novo Testamento e por ministrar a sua autêntica interpretação, a Igreja Católica efetiva a sua sublime missão como “coluna e sustentáculo da Verdade” (1Tm 3,16).

Antes de tudo temos a Revelação Divina na história. Ele se revelou salvando, e quanto mais salvava, era então que se revelava cada vez mais, como uma mãe se revela ao seu filho, agindo em seu favor, não só falando. Tudo isto gerou uma grande Tradição de geração em geração. Foi nesta grande Tradição que nasceram os livros da Bíblia Sagrada. E foi a Igreja quem definiu todos os livros da Bíblia Sagrada como a temos hoje, seja porque decidiu acolher os livros do Antigo Testamento da mesma forma que Jesus e os Apóstolos acolheram, seja porque definiu quais era os livros do Novo Testamente tendo por critério a sua apostolicidade. Mas nem tudo foi posto por escrito na Bíblia, porque se fossem escrever tudo que Jesus fez e ensinou, todos os livros do mundo não seriam suficientes.

Isto significa que a Igreja Católica bebe da Palavra de Deus nas Sagradas Escrituras mas também na Sagrada Tradição Apostólica. Isto porque a nossa Igreja é realmente Católica. Ela não acolhe só parte da Palavra de Deus, mas toda Palavra de Deus que está tanto na Bíblia como na Tradição Apostólica. Porque se a Igreja ficar só com a Bíblia, ela joga no lixo parte da Revelação Divina que não foi posta por escrito mas que está conservada na grande Tradição que vem de Jesus e dos Apóstolos. Nesse quesito a Igreja não tem autoridade para decidir se fica só com a Bíblia ou só com a Bíblia e a Tradição. Se quiser ser fiel a Deus, Ela deve ficar com uma e com a outra, com a Bíblia a Tradição, porque não podemos jogar fora parte daquilo que Deus revelou.

Cuidado com os protestantes. Ele dizem que só ficam com as Escrituras, enquanto que as próprias Escrituras afirmam que existe uma grande Tradição Apostólica par além dela, a qual também devemos acolher e obedecer. Não é uma tradição qualquer. É a Tradição com T maiúsculo, a Tradição que vem dos apóstolos que devemos obedecer, porque ela é a mesma Palavra de Deus que também foi posta por escrito nas páginas da Bíblia. Na verdade, a própria Bíblia nasceu dentro desta grande Tradição e é nesta grande Tradição que interpretamos a Bíblia de forma coerente e fiel.

Uma grande Tradição Apostólica que remonta a Jesus e os Apóstolos até os dias de hoje... Esta é a verdade histórica. Os protestantes a renegam, daí tanta confusão e heresias. Eles rasgam a Bíblia, rejeitam a Tradição que vem dos apóstolos e interpretam a Palavra de Deus cada um de acordo com sua cabeça. Como nem todos tem a lábia grande, uns acabam por seguir a tradição dos fundadores das suas seitas. E haja confusão. A Igreja Católica não rasga a Bíblia, foi ela quem a definiu e a interpreta sempre dentro da Tradição. Por isso é fiel a Jesus e una. A Igreja católica nasceu em Pentecostes. O protestantismo é uma verdadeira Torre de Babel. Fora da grande Tradição Apostólica, só erros e confusão. E haja confusão!      


Adventistas ensinam o sabado Testemjnhas de jeocvam renegam Jesus como Deus Igraha ta apriva casament gay etc

Sábado da dignidade humana e glória de Deus

 


 

Os primeiros cristãos tinham uma profunda consciência de que em Cristo viviam vida nova na Graça do Espírito. Diferentes dos mortos que jazem nas trevas do mundo, eles eram os vivos (2Cor 4,11), cheios da Graça de Deus e com a sublime missão de ser “sal da terra e luz do mundo”.

 

Porém, eles também tinham a consciência de que levavam o precioso tesouro da vida nova da Graça de Deus em “vasos de barro” para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não do homem, e de que o homem deve zelar pela sua dignidade em vista do vaso não se quebrar e o preciso conteúdo ser derramado e desperdiçado (2Cor 4,7).

 

É nesta perspectiva de salvaguardar a dignidade humana, a fim de que o vaso de barro não se quebre, que devemos interpretar a espiritualidade do sábado promulgado por Deus:

 

Dt 5,12 Guarda o dia de sábado, para o santificares, como o Senhor teu Deus te mandou. 13 Trabalharás seis dias e neles farás todas as tuas obras. 14 O sétimo dia é o do sábado, o dia do descanso dedicado ao Senhor teu Deus. 15 Lembra-te de que foste escravo no Egito e que de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te mandou guardar o sábado.

 

Na Bíblia Sagrada sábado não é bem um dia do calendário, até porque o próprio calendário não consegue acompanhar a cronologia do tempo de forma precisa. Ninguém garante que o 7º dia da semana de hoje coincide realmente com o 7º dia da criação do mundo, porque é impossível marcar os movimentos de rotação e translação da terra com precisão nos dias de hoje, quanto mais nos tempos antigos.  

 

Sábado é mais que um dia do calendário. Sábado significa dia de descanso para salvaguardar a dignidade humana e glorificar o Deus da Vida. O princípio moral da Lei de Deus é este: a cada seis de trabalho, um deve ser o sábado, ou seja, o dia de descanso.

 

No dia de descanso o homem de barro recarrega as energias do corpo, reintegra a sua personalidade, suaviza a mente, convive mais com a família e adora Deus. É assim que ele santifica o dia de sábado.

 

Quando os judeus se estabeleceram na Palestina eles organizaram a sociedade de tal forma que todos descansavam no mesmo dia. E nesse dia cultuavam o Deus Libertador com mais tempo e solenidade. Trabalhavam seis dias e descansavam no dia seguinte.

 

Quando os Apóstolos e os primeiros cristãos foram se organizando em comunidades eles também foram reservando o dia que Jesus Ressuscitou para ser o dia de descanso comum para todos e passaram a chamar de domingo, ou seja, Dia do Senhor. Nesse dia celebravam a Eucaristia com mais tempo e solenidade. Da mesma forma que os judeus, os cristãos também trabalhavam seis dias e descansavam no dia seguinte. Os judeus descansavam num dia, os cristãos descansavam em outro dia. Mas o princípio moral era o mesmo. Dia de descanso para o homem de barro recarregar as energias do corpo, reintegrar a sua personalidade, suavizar a mente, conviver mais com a família e adorar Deus. Desta forma os primeiros cristãos lembravam da importância e do sentido do sábado: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado!” (Mc 2,27)

 

O sábado foi instituído para a dignidade humana e glória de Deus. A cada seis de trabalho, um deve ser para descanso, e Deus não abre mão!


Pe. Marcos Oliveira 

1o Estudo do Manual do Corpo de Apostolado atualizado - 18 12 23



Boa noite Discípulos Missionários Servidores/Oblatos.


O Manual do Corpo de Apostolado atualizado tem todo direcionamento do carisma vocacional do DJC para a nossa vida e missão.


Vamos estudar parte por parte nas reuniões do Corpo de Apostolado e das Fraternidades Missionárias da Assistência, Bênção, Artes e Infraestrutura.


Com isto queremos ser DJC de verdade e fazer valer o Mandato Missionário que recebemos e a Oblação anual que fizemos.


Para fins de acompanhamento, partilha e aprofundamento cada um deve partilhar aqui o 1o estudo do Manual atualizado que foi realizado na reunião do dia 18 12 23 em todas Extensões e Missões.


O 1o estudo foi nas páginas 5 e 6 do Manual 

No dia 18 12 23


Boas partilhas!


Cada Acompanhante, Comselheiro e Articulador comente as partilhas dos seus Discípulos Missionários Servidores logo abaixo do comentário de cada um (aonde tem responder).


Muito obrigado.


Pe. Marcos Oliveira 

Acompanhante Geral do DJC

Cultura discipular




Cultura vem da Palavra Latina colere, que significa cuidar. Cuidar da terra. Daí o nomes agricultura, ou seja, cultura da terra.

 

Com o tempo a palavra cultura passou a significar toda interferência do homem na natureza em vista da sua sobrevivência nas diversas regiões e situações.

 

Os animais nascem preparados para viver em um determinado ambiente: peixe na água, pássaros no céu, macaco nas árvores, urso no gelo etc

 

Mas o homem nasce frágil e todo dependente.

 

Com o seu cérebro o homem vai interferindo na natureza e criando as condições para sobreviver: dominou o fogo para comer carne, esquentar-se e se defender de feras selvagens; cultivou plantas para se alimentar e domesticou animais; inventou o navio para nadar como os peixes e o avião para voar como os passarinhos, etc

 

Os animais nascem preparados para um ambiente, mas só conseguem viver nesse ambiente. O homem nasce frágil para viver em qualquer ambiente, mas com o seu cérebro vai criando os meios e formas para sobreviver e com o tempo consegue viver em diversos ambientes.

 

A cultura é o resultado dessa interferência do homem na natureza com o seu cérebro, inicialmente em vista da sua sobrevivência.

 

Esses conhecimentos, comportamentos e invenções vão se acumulando e sendo repassados de pais para filhos, de geração em geração.

 

Assim, cada povo e cada organização social tem a sua própria cultura, com a sua linguagem, símbolos, roupas, alimentos, costumes e valores morais.

 

Quando a criança nasce, ela nasce bem frágil e toda dependente dos seus pais. Ela vai adquirindo toda cultura dos pais na prática, a medida que vai crescendo e convivendo com eles e outras pessoas na família, escola, igreja e sociedade em geral.

 

A cultura gera um jeito de ser na pessoa, interferindo no seu modo de se comunicar, se comportar e até mesmo enxergar o mundo.

 

Diferentemente dos animais, o homem é um ser cultural, seja porque pode interferir na natureza e criar coisas para sobreviver, seja porque pode aprender toda bagagem cultural do seu povo e passá-la adiante.

 

A cultura nasce do homem e ao mesmo tempo o envolve por todos os lados e por dentro. Inconscientemente, a criança adquire até o sotaque e trejeitos dos seus pais, tamanha é a influência da cultura na sua vida.

 

A cultura passa a ser o mundo da pessoa e do seu relacionamento com outras pessoas.

 

Cultura discipular significa que devemos imitar, viver, pensar e agir do jeito que Jesus, São Paulo e os Apóstolos viviam, pensavam e agiam.

 

Cultura discipular significa que devemos criar ou cultivar um ambiente aonde todos que cheguem ao nosso convívio irão ser contagiados, reavivados no Espírito Santo e terão o desejo e a alegria de crescer no conhecimento da Palavra de Deus e viver como católicos verdadeiros.

 

Cultura é algo que se cultiva, é  algo que se constrói. Ela não cai pronta do céu.

 

O mundo construiu sua cultura pagã que contagia, deforma e incentiva para uma vida distante de Deus.

 

Temos que criar a Cultura Discipular... Como criar esta cultura na prática?

 

Att,

 

Pe. Marcos Oliveira

Jesus se fez pecado para nos salvar



A Palavra de Deus de hoje está em Números 21,4-9.

 

Na grande travessia do deserto, após Deus ter realizado muitas maravilhas de salvação em favor do seu povo, o mesmo povo começou a impacientar-se, e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo como está no versículo 5:

 

“Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”.

 

Em outras palavras, o povo pecou contra Deus instigado pelo diabo, por ignorância e ingratidão.  

 

“6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel.”

 

Essas serpentes venenosas são simbólicas... Porque...

 

- A serpente é um símbolo do diabo que tenta o homem desde o livro do Gênesis;

 

- O pecado contamina a pessoa por dentro e as pessoas entre si;

 

- O pecado escraviza o pecador;

 

- O pecado infringe a Lei de Deus e o bom senso exige justiça e uma penalidade... Se eu vejo alguém matando alguém eu quero justiça, não é verdade? Assim também acontece com Deus. Deus é justo e exige justiça;

 

- O pecado mata... O salário do pecado é a morte.

 

Por isso Deus enviou serpentes venenosas “que os mordiam; e morreu muita gente em Israel.” Porque o pecado na verdade já é por si só uma serpente venenosa que gera muitas consequências negativas.

 

A Palavra de Deus continua dizendo que...

 

7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

 

Deus manda fazer uma serpente... Quem olhava para aquela serpente era curado. Aqui não se trata de idolatria. Como está escrito, a serpente de bronze era um sinal, só um sinal, e nada mais. Quem olhava para serpente, olhava para o seu pecado, tomava consciência do pecado e suas consequências, arrependia-se e era perdoado e curado.

 

Na verdade era a misericórdia de Deus que perdoava e curava o pecador arrependido. O livro da Sabedoria explica isto muito bem:

 

Sb 16,5 Quando caiu sobre eles a fúria terrível das feras, e morriam mordidos por serpentes tortuosas, tua cólera não durou até o fim. 6 Foram assustados por pouco tempo e como correção, mas receberam um sinal de salvação, para lhes recordar o mandamento da tua Lei. 7 Quem se voltava para o sinal era salvo, não pelo que via, mas graças a ti, o Salvador de todos. 8 Desse modo, convenceste os nossos inimigos de que és tu quem livra de todo o mal. 9 Porque eles morreram com as picadas de gafanhotos e moscas, e não houve remédio que os salvasse, pois mereciam ser assim castigados. 10 Quanto aos teus filhos, nem mesmo as presas de serpentes venenosas conseguiram vencê-los, porque a tua misericórdia interveio e os salvou. 11 Para que se lembrassem de tuas palavras, eram mordidos e logo depois curados, para não caírem no profundo esquecimento e serem excluídos de teus benefícios. 12 Não foi erva nem ungüento que os curou, e sim a tua palavra, Senhor, que cura todas as coisas. 13 Sim, porque tu tens poder sobre a vida e a morte, e fazes descer às portas do reino dos mortos, e de lá subir. 14 O homem, na sua maldade, pode matar, mas não é capaz de fazer voltar o espírito que se exalou, nem libertar a alma que foi recolhida no reino dos mortos.

 

Mas é no capítulo 3 do Evangelho segundo João que vamos entender definitivamente todo o significado do sinal da serpente de bronze erguida por Moisés no deserto. Porque Jesus mesmo vai dizer a partir do versículo 14 que,

 

Jo 3,14 Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, do mesmo modo é preciso que o Filho do Homem seja levantado. 15 Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.»

 

Ou seja, o pecador não consegue se salvar sozinho porque, como vimos, o pecado contamina por dentro e por fora, o pecado escraviza, o pecado infringe a lei a deve ser penalizado e o pecado mata e aparta de Deus. Queiramos ou não, o pecado gera tudo isso da mesma forma que o vírus da aids também contamina o corpo. O pecador não consegue vencer o pecado sozinho da mesma forma que o aidético não consegue vencer a aids sozinho.

 

Não se trata só de esforço e boa vontade. O homem não consegue vencer o pecado sozinho e precisa de um salvador. Deus viu a difícil situação do homem e enviou o seu Filho para lhe salvar dando a sua vida em seu lugar.

 

Por isso Jesus continuou dizendo:

 

Jo 3,6 «Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele. 18 Quem acredita nele, não está condenado; quem não acredita, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.

 

Só Jesus pode purificar o homem contaminado pelo vírus do pecado por dentro e por fora!

 

Só Jesus pode libertar o homem da escravidão do pecado.

 

O pecador infringiu a lei e por justiça deve ser punido. Jesus se fez pecado e morreu por nós na Cruz do Calvário. Foi assim que ele nos justificou.

 

O pecador apartou-se de Deus e Jesus nos reconciliou com Ele.

 

Aquela serpente de bronze que Moisés ergueu no deserto a mando de Deus tinha todo esse significado. Foi pedagogia de Deus para o povo daquela época, conforme meditamos no livro da Sabedoria. Mas foi sobretudo uma figura de Jesus, conforme ele falou no Evangelho de João. Jesus, que nunca cometeu pecado, se fez pecado por nós (simbolizado na serpente de bronze), para nos libertar dos nossos pecados e da morte, conforme está escrito:

 

2Cor 5,14 O amor de Cristo é que nos impulsiona, quando consideramos que um só morreu por todos, e conseqüentemente todos morreram. 15 Ora, Cristo morreu por todos, e assim, aqueles que vivem, já não vivem para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 17 Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu. 21 Aquele que nada tinha a ver com o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que por meio dele sejamos reabilitados por Deus.

 

O pecador não consegue se salvar sozinho nem do pecado e nem das consequências do pecado, porque não é questão sói de vontade ou de esforço. O pecado é maior que nós. Só Jesus pode nos salvar. Se temos fé em Jesus, somos salvos. Se não cremos, ou seja, se renegamos e rejeitamos, somos condenados, porque não acolhemos o Filho de Deus que veio para nos salvar:

                                                   

Jo 3,18 Quem acredita nele, não está condenado; quem não acredita, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.  


Pe. Marcos Oliveira