1o Estudo do Manual do Corpo de Apostolado atualizado - 18 12 23



Boa noite Discípulos Missionários Servidores/Oblatos.


O Manual do Corpo de Apostolado atualizado tem todo direcionamento do carisma vocacional do DJC para a nossa vida e missão.


Vamos estudar parte por parte nas reuniões do Corpo de Apostolado e das Fraternidades Missionárias da Assistência, Bênção, Artes e Infraestrutura.


Com isto queremos ser DJC de verdade e fazer valer o Mandato Missionário que recebemos e a Oblação anual que fizemos.


Para fins de acompanhamento, partilha e aprofundamento cada um deve partilhar aqui o 1o estudo do Manual atualizado que foi realizado na reunião do dia 18 12 23 em todas Extensões e Missões.


O 1o estudo foi nas páginas 5 e 6 do Manual 

No dia 18 12 23


Boas partilhas!


Cada Acompanhante, Comselheiro e Articulador comente as partilhas dos seus Discípulos Missionários Servidores logo abaixo do comentário de cada um (aonde tem responder).


Muito obrigado.


Pe. Marcos Oliveira 

Acompanhante Geral do DJC

Cultura discipular




Cultura vem da Palavra Latina colere, que significa cuidar. Cuidar da terra. Daí o nomes agricultura, ou seja, cultura da terra.

 

Com o tempo a palavra cultura passou a significar toda interferência do homem na natureza em vista da sua sobrevivência nas diversas regiões e situações.

 

Os animais nascem preparados para viver em um determinado ambiente: peixe na água, pássaros no céu, macaco nas árvores, urso no gelo etc

 

Mas o homem nasce frágil e todo dependente.

 

Com o seu cérebro o homem vai interferindo na natureza e criando as condições para sobreviver: dominou o fogo para comer carne, esquentar-se e se defender de feras selvagens; cultivou plantas para se alimentar e domesticou animais; inventou o navio para nadar como os peixes e o avião para voar como os passarinhos, etc

 

Os animais nascem preparados para um ambiente, mas só conseguem viver nesse ambiente. O homem nasce frágil para viver em qualquer ambiente, mas com o seu cérebro vai criando os meios e formas para sobreviver e com o tempo consegue viver em diversos ambientes.

 

A cultura é o resultado dessa interferência do homem na natureza com o seu cérebro, inicialmente em vista da sua sobrevivência.

 

Esses conhecimentos, comportamentos e invenções vão se acumulando e sendo repassados de pais para filhos, de geração em geração.

 

Assim, cada povo e cada organização social tem a sua própria cultura, com a sua linguagem, símbolos, roupas, alimentos, costumes e valores morais.

 

Quando a criança nasce, ela nasce bem frágil e toda dependente dos seus pais. Ela vai adquirindo toda cultura dos pais na prática, a medida que vai crescendo e convivendo com eles e outras pessoas na família, escola, igreja e sociedade em geral.

 

A cultura gera um jeito de ser na pessoa, interferindo no seu modo de se comunicar, se comportar e até mesmo enxergar o mundo.

 

Diferentemente dos animais, o homem é um ser cultural, seja porque pode interferir na natureza e criar coisas para sobreviver, seja porque pode aprender toda bagagem cultural do seu povo e passá-la adiante.

 

A cultura nasce do homem e ao mesmo tempo o envolve por todos os lados e por dentro. Inconscientemente, a criança adquire até o sotaque e trejeitos dos seus pais, tamanha é a influência da cultura na sua vida.

 

A cultura passa a ser o mundo da pessoa e do seu relacionamento com outras pessoas.

 

Cultura discipular significa que devemos imitar, viver, pensar e agir do jeito que Jesus, São Paulo e os Apóstolos viviam, pensavam e agiam.

 

Cultura discipular significa que devemos criar ou cultivar um ambiente aonde todos que cheguem ao nosso convívio irão ser contagiados, reavivados no Espírito Santo e terão o desejo e a alegria de crescer no conhecimento da Palavra de Deus e viver como católicos verdadeiros.

 

Cultura é algo que se cultiva, é  algo que se constrói. Ela não cai pronta do céu.

 

O mundo construiu sua cultura pagã que contagia, deforma e incentiva para uma vida distante de Deus.

 

Temos que criar a Cultura Discipular... Como criar esta cultura na prática?

 

Att,

 

Pe. Marcos Oliveira

Jesus se fez pecado para nos salvar



A Palavra de Deus de hoje está em Números 21,4-9.

 

Na grande travessia do deserto, após Deus ter realizado muitas maravilhas de salvação em favor do seu povo, o mesmo povo começou a impacientar-se, e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo como está no versículo 5:

 

“Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”.

 

Em outras palavras, o povo pecou contra Deus instigado pelo diabo, por ignorância e ingratidão.  

 

“6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel.”

 

Essas serpentes venenosas são simbólicas... Porque...

 

- A serpente é um símbolo do diabo que tenta o homem desde o livro do Gênesis;

 

- O pecado contamina a pessoa por dentro e as pessoas entre si;

 

- O pecado escraviza o pecador;

 

- O pecado infringe a Lei de Deus e o bom senso exige justiça e uma penalidade... Se eu vejo alguém matando alguém eu quero justiça, não é verdade? Assim também acontece com Deus. Deus é justo e exige justiça;

 

- O pecado mata... O salário do pecado é a morte.

 

Por isso Deus enviou serpentes venenosas “que os mordiam; e morreu muita gente em Israel.” Porque o pecado na verdade já é por si só uma serpente venenosa que gera muitas consequências negativas.

 

A Palavra de Deus continua dizendo que...

 

7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

 

Deus manda fazer uma serpente... Quem olhava para aquela serpente era curado. Aqui não se trata de idolatria. Como está escrito, a serpente de bronze era um sinal, só um sinal, e nada mais. Quem olhava para serpente, olhava para o seu pecado, tomava consciência do pecado e suas consequências, arrependia-se e era perdoado e curado.

 

Na verdade era a misericórdia de Deus que perdoava e curava o pecador arrependido. O livro da Sabedoria explica isto muito bem:

 

Sb 16,5 Quando caiu sobre eles a fúria terrível das feras, e morriam mordidos por serpentes tortuosas, tua cólera não durou até o fim. 6 Foram assustados por pouco tempo e como correção, mas receberam um sinal de salvação, para lhes recordar o mandamento da tua Lei. 7 Quem se voltava para o sinal era salvo, não pelo que via, mas graças a ti, o Salvador de todos. 8 Desse modo, convenceste os nossos inimigos de que és tu quem livra de todo o mal. 9 Porque eles morreram com as picadas de gafanhotos e moscas, e não houve remédio que os salvasse, pois mereciam ser assim castigados. 10 Quanto aos teus filhos, nem mesmo as presas de serpentes venenosas conseguiram vencê-los, porque a tua misericórdia interveio e os salvou. 11 Para que se lembrassem de tuas palavras, eram mordidos e logo depois curados, para não caírem no profundo esquecimento e serem excluídos de teus benefícios. 12 Não foi erva nem ungüento que os curou, e sim a tua palavra, Senhor, que cura todas as coisas. 13 Sim, porque tu tens poder sobre a vida e a morte, e fazes descer às portas do reino dos mortos, e de lá subir. 14 O homem, na sua maldade, pode matar, mas não é capaz de fazer voltar o espírito que se exalou, nem libertar a alma que foi recolhida no reino dos mortos.

 

Mas é no capítulo 3 do Evangelho segundo João que vamos entender definitivamente todo o significado do sinal da serpente de bronze erguida por Moisés no deserto. Porque Jesus mesmo vai dizer a partir do versículo 14 que,

 

Jo 3,14 Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, do mesmo modo é preciso que o Filho do Homem seja levantado. 15 Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.»

 

Ou seja, o pecador não consegue se salvar sozinho porque, como vimos, o pecado contamina por dentro e por fora, o pecado escraviza, o pecado infringe a lei a deve ser penalizado e o pecado mata e aparta de Deus. Queiramos ou não, o pecado gera tudo isso da mesma forma que o vírus da aids também contamina o corpo. O pecador não consegue vencer o pecado sozinho da mesma forma que o aidético não consegue vencer a aids sozinho.

 

Não se trata só de esforço e boa vontade. O homem não consegue vencer o pecado sozinho e precisa de um salvador. Deus viu a difícil situação do homem e enviou o seu Filho para lhe salvar dando a sua vida em seu lugar.

 

Por isso Jesus continuou dizendo:

 

Jo 3,6 «Pois Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha a vida eterna. 17 De fato, Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, e sim para que o mundo seja salvo por meio dele. 18 Quem acredita nele, não está condenado; quem não acredita, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.

 

Só Jesus pode purificar o homem contaminado pelo vírus do pecado por dentro e por fora!

 

Só Jesus pode libertar o homem da escravidão do pecado.

 

O pecador infringiu a lei e por justiça deve ser punido. Jesus se fez pecado e morreu por nós na Cruz do Calvário. Foi assim que ele nos justificou.

 

O pecador apartou-se de Deus e Jesus nos reconciliou com Ele.

 

Aquela serpente de bronze que Moisés ergueu no deserto a mando de Deus tinha todo esse significado. Foi pedagogia de Deus para o povo daquela época, conforme meditamos no livro da Sabedoria. Mas foi sobretudo uma figura de Jesus, conforme ele falou no Evangelho de João. Jesus, que nunca cometeu pecado, se fez pecado por nós (simbolizado na serpente de bronze), para nos libertar dos nossos pecados e da morte, conforme está escrito:

 

2Cor 5,14 O amor de Cristo é que nos impulsiona, quando consideramos que um só morreu por todos, e conseqüentemente todos morreram. 15 Ora, Cristo morreu por todos, e assim, aqueles que vivem, já não vivem para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 17 Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu. 21 Aquele que nada tinha a ver com o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que por meio dele sejamos reabilitados por Deus.

 

O pecador não consegue se salvar sozinho nem do pecado e nem das consequências do pecado, porque não é questão sói de vontade ou de esforço. O pecado é maior que nós. Só Jesus pode nos salvar. Se temos fé em Jesus, somos salvos. Se não cremos, ou seja, se renegamos e rejeitamos, somos condenados, porque não acolhemos o Filho de Deus que veio para nos salvar:

                                                   

Jo 3,18 Quem acredita nele, não está condenado; quem não acredita, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.  


Pe. Marcos Oliveira


 

 


Trago as marcas de Jesus



Jeremias 20 fala do Servo de Deus fortemente rejeitado, caluniado e perseguido de morte:

10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: 'Denunciai-o, denunciemo-lo'. Todos os amigos observam minhas falhas: 'Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele'.

11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

Este servo é uma clara figura de Jesus de Nazaré, que veio para os seus e os seus o rejeitaram.

O homem pecador ignorante e ingrato rejeita o Salvador que é pura verdade e amor.

Em Jo 10,31 os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus E Jesus perguntou: "Eu só fiz o bem,  porque vocês querem me apedrejar?"

Perseguiram Jesus e perseguem os seus enviados. São Paulo dizia: "Trago em meu corpo as marcas de Jesus." (Gl 5,17)

Todo missionario fiel ao anúncio da Palavra também é rejeitado e perseguido as vezes na própria família.

Cada um de nós sejamos fiéis a Deus. O Servo Sofredor de Jeremias venceu. Todos venceremos ao terceiro dia.


Pe. Marcos Oliveira 

Jesus é a Luz da Libertação!




JESUS é a Luz da Libertação! (Is 42,7)

Rezemos a Ele:

Eu venho a Ti, Senhor Jesus, como a meu Libertador. 

Tu conheces todos os meus problemas, todas as coisas que me amarram, que me atormentam, corrompem e incomodam. 

Eu me recuso, neste momento, a aceitar qualquer coisa de satanás e me desligo de espíritos das trevas, de toda influência negativa e maligna, de todo cativeiro satânico, de todo espírito em mim que não seja espírito de Deus, e ordeno a todos os espíritos relacionados com satanás que nos deixem agora e não voltem nunca mais, prostrando-se aos pés da santa cruz de Jesus Cristo, para sempre. 

Confesso que meu corpo é templo do Espírito Santo: redimido, lavado, santificado, justificado pelo Sangue de Jesus. Portanto, satanás não tem lugar em mim e nenhum poder sobre mim, por causa do Sangue de Jesus.

Amém.


Pe. Marcos Oliveira

Aprofundamento dos Discípulos Missionários para uma oblação bem generosa e consciente



Os Discípulos Estagiários e Missionários devem estudar esse texto nas Fraternidades Missionárias durante o mês de outubro e comentar aqui.


Hóstia significa vítima sacrificada. Hostil é aquele que sacrifica a hóstia, ou seja, que sacrifica a vítima. O Pão Consagrado na Missa passou a ser chamado de hóstia por isso. Porque ali está o mesmo Jesus que foi crucificado e que disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vocês. Este cálice é a nova aliança do meu sangue, que é derramado por vocês” (Lc 22,19-20). 

A exemplo do Mestre que deu a vida por nós, os discípulos devemos ser hóstias, não hostis. Ou seja, devemos fazer a oblação do nosso corpo como hóstia viva santa e agradável a Deus:


Rm 12,1 Irmãos, pela misericórdia de Deus, peço que vocês ofereçam os próprios corpos como hóstia viva, santo e agradável a Deus. Esse é o culto autêntico de vocês. 2 Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito. 


Então o Apóstolo passa a explicar como se dá essa oblação de forma concreta:


Rm 12,3 Em nome da graça que me foi concedida, eu digo a cada um de vocês: não tenham de si mesmos conceito maior do que convém, mas um conceito justo, de acordo com a fé, na medida que Deus concedeu a cada um. 4 Num só corpo há muitos membros, e esses membros não têm todos a mesma função. 5 O mesmo acontece conosco: embora sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, e, cada um por sua vez, é membro dos outros. 6 Mas temos dons diferentes, conforme a graça concedida a cada um de nós. Quem tem o dom da profecia, deve exercê-lo de acordo com a fé; 7 se tem o dom do serviço, que o exerça servindo; se do ensino, que ensine; 8 se é de aconselhar, aconselhe; se é de distribuir donativos, faça-o com simplicidade; se é de presidir à comunidade, faça-o com zelo; se é de exercer misericórdia, faça-o com alegria. 


Rm 12,9 Que o amor de vocês seja sem hipocrisia: detestem o mal e apeguem-se ao bem; 10 no amor fraterno, sejam carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima. 11 Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos; sejam fervorosos de espírito, servindo ao Senhor. 12 Sejam alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. 13 Sejam solidários com os cristãos em suas necessidades e se aperfeiçoem na prática da hospitalidade. 14 Abençoem os que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem. 15 Alegrem-se com os que se alegram, e chorem com os que choram. 16 Vivam em harmonia uns com os outros. Não se deixem levar pela mania de grandeza, mas se afeiçoem às coisas modestas. Não se considerem sábios. 17 Não paguem a ninguém o mal com o mal; a preocupação de vocês seja fazer o bem a todos os homens. 18 Se for possível, no que depende de vocês, vivam em paz com todos. 19 Amados, não façam justiça por própria conta, mas deixem a ira de Deus agir, pois o Senhor diz na Escritura: «A mim pertence a vingança; eu mesmo vou retribuir.» 20 Mas, se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber; desse modo, você fará o outro corar de vergonha. 21 Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem.


Nesta mesma perspectiva a Igreja ensina que ao participar da Missa os fiéis “aprendam a oferecer-se a si próprios, oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos”.


A oblação anual é, portanto, o Discípulo Missionário Servidor oferecendo o seu próprio corpo como hóstia viva santa e agradável a Deus, dentro do carisma vocacional do DJC. Além do que já falamos, isto implica a fidelidade, por exemplo, na Missa dominical, encontros do DJC, Siloé, Ofício Divino da Palavra de Deus na Rádio DJC Brasil, Corpo de Apostolado, Fraternidade Missionária, Contribuição Fiel, partilha dos carismas e convivência fraterna com os irmãos. 


É necessária esta consciência da oblação anual dento da Vocação DJC para bem celebrá-la e frutificar ao longo do ano. Oblação, esse é o culto autêntico do Discípulo Missionário Servidor!


Att,


Pe. Marcos Oliveira 

Acompanhante Geral do DJC


Os Discípulos Estagiários e Missionários devem estudar esse texto nas Fraternidades Missionárias durante o mês de outubro e comentar aqui!





Servo por amor


Numa noite de suor, sobre o barco em alto mar

O céu começa a clarear, a tua rede está vazia

Mas a voz que te chama, te mostrará um outro mar

E sobre muitos corações, a tua rede lançará

 

Doa a tua vida 

como Maria aos pés da cruz

E serás

Servo de cada homem

Servo por amor

Sacerdote da humanidade

 

Caminhavas no silêncio, esperando além da dor

Que a semente que tu lançavas

Num bom terreno germinasse

Mas o coração exulta porque o campo já está dourado

O grão maduro pelo Sol, no celeiro pode entrar

Ser como Deus e decidir perdoar 70x7

O Salmo 102 revela que o Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso.

 

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome!

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade;

da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.

Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu rancor.

Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem;

quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.

 

O povo diz que filho de peixe, peixe é! Assim, também temos que ser bondosos e compassivos e carinhosos. Nada mais manifesta a bondade, a compaixão e o carinho que o perdão!

 

Perdoar não é esquecer o mal que alguém nos fez. Perdoar é decidir não ser vingativo e amar até mesmo aquele que se fez nosso inimigo.

 

Pedro perguntou a Jesus quantas vezes deveria perdoar (Mt 18,21-35). Até sete vezes? Como se até sete vezes fosse muita coisa. Jesus lhe diz não até sete vezes, mas setenta vezes sete, ou seja, quantas vezes se fizer necessário.

 

Porque perdoar não é esquecer. Então toda vez que a lembrança de um mal que alguém nos fez vier à nossa lembrança e o sentimento de vingança crescer no nosso coração, devemos perdoar, decidir amar e não se vingar.

 

A lembrança vem de madrugada, eu decido perdoar!

Retorna pela manhã, perdoo mais uma vez!

Volta à tarde? Mais uma vez eu decido perdoar de novo!

 

E assim por diante... 70 x 7! Vou perdoando cada vez que se fizer necessário perdoar o meu irmão que me prejudicou consciente ou inconscientemente. Isto é decisão de amar quem me fez o mal, e não me vingar. O perdão cura e liberta. A vingança perpétua o mal.

 

Está escrito no livro do Eclesiástico (27,33-28,9):

O rancor e a raiva são coisas detestáveis, até o pecador procura dominá-las.

Quem se vingar encontrará a vingança do Senhor, que pedirá severas conta dos seus pecados.

Perdoa a injustiça cometida por teu próximo: assim, quando orares, teus pecados serão perdoados.

Se alguém guarda raiva contra o outro, como poderá pedir a Deus a cura?

Se não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão dos seus pecados?

Se ele, que é um mortal, guarda rancor, quem é que vai alcançar perdão para os seus pecados?

Lembra-te do teu fim e deixa de odiar; pensa na destruição e na morte, e persevera nos mandamentos.

Pensa nos mandamentos, e não guardes rancor ao teu próximo.

Pensa na aliança do Altíssimo, e não leves em conta a falta alheia!

 

Na decisão de perdoar eu amo o inimigo e rezo por ele. Decido não pagar o mal com o mal, mas, se preciso for, decido pagar o mal com o bem.

 

Decido tirar do coração todo sentimento ruim de rancor e ódio. O perdão cura o coração, restaura as relações, reconstrói a família, o casamento, a amizade e a sociedade.

 

Perdoar inclui a justiça, não a vingança. Justiça com amor inclui a reparação dos prejuízos, mas não esmaga a dignidade do opressor.

 

Pe. Marcos Oliveira

17 09 23